O poeta renasceu
de Alagoas pro Brasil
numa reação sombria;
ninguém soube, ninguém viu
que o poeta sucumbiu
para fazer poesia.
Encontrou um corpo vazio
tomou-lhe em gran poderio
eliminando a estesia.
E tornou-se noutro alguém
não era do mal ou do bem
só importava a poesia.
Não voava, asa não tinha
no seu cérebro continha
da morte, a sabedoria.
Gratidão não lhe faltava
e a morte homenageava
em quase toda poesia.
Ao lê-lo ninguém notava
que apenas fantasiava
o que da morte sabia.
pedaços de sua morte,
sua ausência de sorte
formavam a poesia.
Não havia sentimento
pois su'alma era um vento
soprando na noite fria.
Eram só palavras ocas
que ao saírem pelas bocas
transformavam-se em poesia.
Como parte dessa ação
sua única obrigação
era um poema por dia.
Logo, em versos evocava
a morte que apreciava
sua obscura poesia.
Cada poesia é sombria
e cada leitor que a ler
evoca a morte sem saber
p'ra ser sua companhia.
Gustavo V.S Ferreira
29/08/2018
Assinar:Postagens (Atom)
Marcadores
12x12(8)14x14(1)Alexandrino(26)Cordel(3)Decassílabo(114)Depressão(1)Dodecassílabo(31)Eneassílabo(1)Entrevista(1)Estoico(2)Estrambote(1)Experimental(9)Hendecassílabo(2)Heptassílabo(15)Heroico(24)Homenagem(4)metalinguagem(5)Métrica Dupla(1)Miniconto(7)Narrados(14)Notícia(1)Pentassílabo(10)Poema(29)Prosa(12)Quarteto(5)Redondilha Maior(15)Redondilha Menor(10)Sem Métrica(2)Soneto(166)Verso Branco(1)

Nenhum comentário:
Postar um comentário